segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Já ouviu falar em planejadoras de gravidez? Débora, da Personal Bebê, pode te ajudar!

Débora realizou dois sonhos ao mesmo tempo. Depois de um longo período tentando engravidar, ela deu à luz Ana Luiza e, em seguida, criou a Personal Bebê, empresa de consultoria e assessoria para gestantes e mamães especializada no planejamento para a chegada do bebê.

“Nosso trabalho de Baby Planner começa na gestação e se estende até o primeiro ano do bebê e os serviços são modulares dando aos clientes maior flexibilidade para escolherem o que mais se adéqua à suas necessidades”, explica Débora.

Está curiosa(o) para saber o que é este serviço e como funciona? Confira o depoimento de Débora sobre a sua história e a do seu empreendimento e leia a entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Ficha da empreendedora: Débora Araújo
Nome e idade do(s) filho(s): Ana Luiza/ 3a4m
Nome da empresa e/ou atividade: Personal Bebê - Consultoria e Assessoria para gestantes e blog da Personal bebê

Quem é ela?
Eu sou a Débora Araújo, 35 anos e hoje mãe da Ana Luiza. Sempre trabalhei na área administrativo/financeira sem nunca me realizar profissionalmente. Depois de anos de análise e com relógio biológico começando a bater, por volta dos 28 anos, minha vida começou a mudar... Larguei o trabalho estável no poder público e resolvi me dedicar à vida familiar e ao sonho de engravidar.
Tive algumas dificuldades para engravidar e somente depois de 2 anos e de muito pesquisar consegui o meu sonhado positivo! Tive um aborto espontâneo, mas permaneci firme no meu propósito e dois meses depois estava grávida. 
A internet e as listas sobre maternidade e parto foram minhas grandes companheiras nessa época e me ajudaram a pensar em empreender nessa área. Minha gestação foi muito tranquila, mas recheada de ansiedades e preocupações para que tudo estivesse pronto para a chegada de Ana Luiza! 
A dificuldade na busca de orientações confiáveis que geravam mais dúvidas do que certezas e a insegurança natural da “primeira vez” me levaram a tomar a iniciativa de oferecer uma consultoria personalizada a outras futuras mamães que necessitam de ajuda para quase tudo quando o assunto é a chegada do bebê. 
Foi passando por todas as experiências que a maternidade nos coloca e entre trocas de fraldas, mamadas e sonecas nascia a Personal Bebê, uma empresa de consultoria em maternidade especializada no planejamento para a chegada do bebê! Buscando me qualificar para orientar a futura família nesse momento tão especial que é a gravidez, aprofundei meus estudos e me certifiquei como baby planner profissional pela IABPP (International Academy of Baby Planner Professionals).

Sobre o empreendimento
A Personal Bebê é uma empresa pioneira no Brasil, com sede no Rio de Janeiro, que conta com um serviço inovador já consagrado na Europa e nos EUA, consultoria e assessoria a gestantes especializada no planejamento para a chegada do bebê.
Nosso trabalho começa na gestação e se estende até o primeiro ano de vida da criança. Contamos com certificação internacional de baby planner – planejadora de gravidez - pela IABPP, o que nos torna altamente qualificadas para orientar a futura família nesse momento tão especial que é a gravidez.
Nosso objetivo é que os primeiros meses de vida com o bebê sejam tranquilos e sem preocupações proporcionando toda a comodidade e praticidade para os futuros pais, auxiliando-os a tomar as melhores decisões e satisfazendo todas as necessidades e expectativas da nova família.
Nosso atendimento é personalizado e embasado em muita pesquisa tanto do mercado nacional quanto internacional. Orientamos e levamos as melhores informações aos futuros pais para que eles tomem as decisões mais assertivas em produtos e serviços, respeitando sempre as características, necessidades e orçamentos de cada família e com todas as normas e padrões de segurança.
Cuidados de bem estar e saúde para mamãe e bebê, moda gestante, fotografia, cursos, lista de enxoval personalizada, compras nacionais e internacionais, organização de ambientes incluindo a mala de maternidade e malas para viagem, arquitetura e decoração, eventos como chá de bebê e nascimento e muito mais...
Montamos roteiros exclusivos para compras de enxoval no exterior!
Vamos até você, seja pessoalmente, por telefone ou via web (msn e skype), conforme sua disponibilidade!

Entrevista na íntegra

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou? Como funciona?
Debora: A Personal Bebê é uma empresa de consultoria e assessoria para gestantes e mamães especializada no planejamento para a chegada do bebê e somos a primeira empresa no Brasil certificada internacionalmente pela IABPP (International Academy of Baby Planners Professionals). 
Comecei a Personal bebê em março de 2010 intuitivamente e criei o blog da personal Bebê para estreitar os laços com as futuras mamães e divulgar meu trabalho. Em 2011 resolvi me especializar e me certifiquei como baby planner profissional através da IABPP. 
Nosso trabalho de Baby Planner começa na gestação e se estende até o primeiro ano do bebê e os serviços são modulares dando aos clientes maior flexibilidade para escolherem o que mais se adéqua à suas necessidades. Marcamos um primeiro encontro, sem custo algum, onde fazemos um pequeno briefing para entender e identificar as reias necessidades da família para na sequencia montar um pacote de soluções totalmente personalizado, respeitando sempre o perfil, estilo de vida e orçamento da sua família. Nosso maior objetivo é levar até nossos clientes todo o universo de informações, conteúdo, produtos e serviços para esse momento tão especial que estão vivendo! Atendemos pessoalmente no Rio e em Niterói e via skype para o restante do país. 
Tenho parceiros em diversas áreas relacionadas à gestação e maternidade para que possa levar informações relevantes baseadas em estudo e muita pesquisa para essa nova família. 

Por que seu trabalho é importante?
Planejar a chegada do bebê parece simples, mas não é, requer resolver muitos detalhes e cuidados para que não haja compras equivocadas e desperdícios de tempo e dinheiro. O planejamento é fundamental para que todas as etapas de preparação sejam concluídas e tudo esteja pronto para o grande dia! Na montagem do quarto, cada detalhe é importante, tanto para a funcionalidade como para a decoração. É necessário e fundamental o uso de materiais que não afetem a saúde do bebê na escolha de cada produto. A programação do enxoval deve estar de acordo com o desenvolvimento do bebê, as estações do ano, o clima da região, o estilo de vida de cada família... Sabemos que existem várias fontes de informação para esse momento como revistas, websites, lojas e muitas vezes até amigos e parentes, mas qual é a melhor marca para você? Qual o melhor produto para o seu estilo de vida? Será um momento de uma série de tomadas de decisões e, nove meses passarão bem rápido! Não importa se a gestante está no seu primeiro, segundo ou terceiro trimestre ou se está se preparando para a chegada do bebê. Estamos aqui para ajudá-la a se preparar, relaxar e ficar bem informada dos melhores produtos e serviços que estão à disposição no mercado!
A Personal Bebê traz o equilíbrio que toda mulher precisa para tornar ainda mais especial esta fase de novas se sensações e experiências!

Como era seu trabalho antes e como é agora? 
Comecei intuitivamente através de minha própria experiência  e dificuldade em ter um profissional que pudesse me orientar de acordo com meu estilo de vida e visão da maternidade e hoje depois de ter me especializado levo todo esse novo universo às futuras mamães e suas famílias para que tomem as decisões de forma assertiva e possam curtir esse momento único de suas vidas com tranquilidade. 

Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Sim. Meu objetivo maior era levar às futuras mães informações relevantes sobre esse universo materno/infantil, sendo para elas o suporte necessário para ajudá-las a navegar nas águas da maternidade, sem preocupações desnecessárias e curtindo cada momento dessa fase que é única na vida de uma mulher.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A maior dificuldade é saber gerir o tempo de forma que possa me dedicar parte do meu dia para o trabalho sem me perder com os afazeres do dia a dia e da casa. A maior facilidade é poder estar sempre por perto e ter liberdade para, por exemplo, levar minha filha ao médico, buscar no ballet, dar banho... Essas coisinhas  básicas do dia a dia, mas que são muito importantes para mim e que nunca quis delegar a terceiros!

O que é empreendedorismo materno para você? 
É a forma que encontrei de poder exercer minha função mais completa: Ser MÃE aliada a uma profissão que me realiza como pessoa!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho? 
Para ter maior flexibilidade nos horários e poder estar mais próximas na criação de seus filhos!

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres? 
Positivo, sem dúvidas! Mas que deve ser visto com bastante cautela porque corremos o risco de facilmente nos dedicarmos demais ao trabalho e esquecermos o principal objetivo que é aliar um trabalho prazeroso à criação e educação de nossos filhos diretamente. Empreender não é fácil ao contrário do que muitos pensam! :)

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade? 
Com foco e objetividade sim!

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora? 
Procurar avaliar todos os prós e contras de um novo negócio escolhendo uma atividade em que se sinta realizada. E saber abrir mão, em muitos casos, de uma estabilidade financeira em troca de estar presente nos melhores anos da vida dos filhos.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Relatos da maternidade de uma mãe autônoma e workaholic

Compartilhando o relato da Gabriela, no blog Em cada estação.


Sempre me perguntam como consegui conciliar a vida de consultora workaholic e autônoma com a maternidade. Já contei essa história diversas vezes, sempre com muito orgulho, e hoje decidi escrever um pouco de como ela se deu – não apenas para guardar melhor em minhas memorias, mas também para compartilhar como é possível ter filho trabalhando bastante e, ainda assim, garantir atenção, amor e muita amamentação!
Para quem me conhece, sabe que ao longo dos últimos dez anos trabalhei muito (e com muito prazer) para construir uma carreira autônoma na administração pública. E que simplesmente adoro o que faço. Além dos muitos anos de estudo, entre graduação, mestrado e doutorado, sempre conciliei com trabalhos de consultoria ou de formação de gestores. Nesses mais de dez anos, foram dezenas de consultorias a governos, centenas de horas de cursos ministradas para várias organizações, livros e artigos publicados, etc.
Quem trabalha como autônoma sabe que devemos sempre acumular os trabalhos para evitar períodos sem nada – de forma que acabamos sempre tendo muitas coisas para fazer ao mesmo tempo, jornadas extenas e e sem horários fixos ou dias regulares de trabalho. Além disso, pelas próprias características das escolhas que fiz, tive que viajar muito desde que me formei: para dar consultorias em diversas cidades do país, para trabalhar com formação de servidores públicos nos mais variados estados, para participar de congressos nacionais e internacionais, para fazer visitas de campo do meu mestrado e doutorado, etc.
Foram anos intensos e de muitas viagens: morei em algumas cidades do sertão brasileiro, percorri os estados do norte e do nordeste, estudei em Nova York, trabalhei na Alemanha, morei em Hong Kong, dei palestras no Chile, na Argentina, no Peru, na Italia e em Portugal. Foi uma vida profissional nômade e que me encantava, não apenas por conhecer novos lugares, mas por mudar a natureza do meu trabalho.
Até que, sem planejamento, previsão ou expectativa, engravidei em 2010. Como sempre trabalhei de forma autônoma, sem salário fixo e dependendo de uma rede de contatos e indicações, tinha que aproveitar o tempo da gravidez para trabalhar muito, consolidar diversas atividades e juntar dinheiro, sem saber como as coisas seriam depois que meu filho nascesse.
Em 9 meses foram 52 viagens nacionais e internacionais. Passei mais tempo em Brasília do que em minha casa. Fui trabalhar no Acre, me aventurei pelo interior de Rondônia, dei aulas no Espírito Santo, cruzei mais uma vez o sertão da Bahia. Foram nove meses com vestido cada dia mais curto, carregando a barriga, com o esforço crescente que ela me gerava, por todo o país, entre os mais diferentes climas e geografias, à prova de diversas culinárias e experimentações.
Chico nasceu em junho de 2011. Foi um final de gravidez difícil – o excesso de trabalhos e de viagens impactaram em uma falta de ganho de peso por parte minha e dele (em 8 meses de gravidez eu tinha engordado apenas 5 kg e ele 1,5). Ao longo do último mês, tive que diminuir o ritmo, aprender a dar aula sentada, descansar mais e me obrigar a comer muito. Chico decidiu nascer no dia em que completou as semanas mínimas necessárias para não ser prematuro, mas chegou com apenas 2.3 kg - ganhos com muito esforço, mas que ainda era pouco para a média dos bebês.
A solução para o baixo peso? Amamentação. Muita amamentação. Decidi que queria reverter o quadro de baixo peso garantindo amamentação exclusiva de 6 meses. E Chico contribuiu: pegou o peito e adorou desde que nasceu!
Mas como poderia manter o ritmo de mamadas a cada 3 horas, exclusivamente leito materno, sendo eu autônoma, sem salário fixo e trabalhando no ritmo e distâncias como fazia? Era um dilema que teria que enfrentar, sem babá (por decisão minha), mas com a ajuda de minha mãe.
Decidi passar os primeiros 2 meses mais quieta em casa, fazendo pequenos trabalhos à distância. Quando Chico completou 2 meses, ganhou mais de 2,5 kg e saiu da zona de risco, decidi voltar à ativa. E a solução era: aonde o peito vai, o Chico vai atrás.
Com 2 meses ele passou a frequentar minhas salas de aula. Aonde quer que eu fosse, ele ficava numa salinha ao lado, de suporte e, assim que chorasse para mamar, eu era chamada por minha mãe que ficava com ele.
Com 3 meses enfrentamos nossa primeira viagem de avião. Fomos juntos para Brasília, apenas eu e ele. Consegui uma babá russa que morava na cidade e que poderia cuidar dele. E a essa viagem se seguiram outras 3 em todas as semanas subsequentes. Ficávamos hospedados na casa de uma amiga, com toda a infraestrutura ambulante (ou improvisada) de que um bebê precisava: carrinho que virava cama, bacia que virava banheira, fraldas e roupas lavadas e secas no mesmo dia, etc etc.
Com um ano de vida, Chico já tinha completado 26 viagens de avião. Conheceu 4 diferentes países, 4 estados brasileiros e mais de 50 cidades. Já participou de aulas, reuniões, congressos e tem sido um grande companheiro de viagem.
Nas viagens mais curtas, quando decidia não leva-lo para evitar tanto esforço, carregava uma bomba elétrica, uma pequena geladeira térmica e potes de vidro esterilizados, onde armazenava o leite retirado religiosamente a cada três horas, estivesse onde e como estivesse (o que incluiu alguns banheiros de avião, diversas salas de aula, banheiros de organizações onde trabalhei, salas de reunião, etc.). O leite era armazenado, congelado e dado a ele na minha ausência. Eram retirados e ministrados, por dia, cerca de 2 litros de leite materno. Chico aprendeu a tomar leite em qualquer temperatura, na mamadeira, no copo, na colher - era tão versátil quanto minha vida necessitava que fosse.
Foram 6 meses de amamentação exclusiva sem nunca precisar dar fórmula ou água ou suco nem sequer por uma vez. E, até agora, foi 1 ano e meio de amamentação em livre demanda. Chico é um menino extremamente saudável e ativo. Nunca fica doente, é adaptável, sorridente e brincalhão. Nos adaptamos perfeitamente um ao ritmo de vida do outro.
Hoje Chico vai à escola durante 6 horas por dia. Passa as demais horas ao meu lado – em casa, em reuniões ou em outros compromissos que possamos ter. Continuamos sem babá e usufruindo muito da ajuda da vovó.
Em quase 18 meses de experiência como mãe, minha vida profissional não voltou ao ritmo ou com a cara do que era antes. E certamente nunca mais será a mesma – por decisão e por convicção. Ter um filho significa passar por muitas adaptações. Tive que aprender a trabalhar menos (ou a ser mais produtiva), tive que aprender a funcionar mesmo com sono (ele ainda acorda de madrugada, por pelo menos 3 vezes), tive que aprender a comer quando é possível, a dormir quando posso, a trabalhar de madrugada (sempre me senti mais inteligente de manhã). Tive que aprender a trabalhar escutando músicas da palavra cantada ou da galinha pintadinha, a dividir a tela do meu computador em duas para trabalhar enquanto ele assiste vídeos. Tive que decidir deixar de ser autônoma para ter uma renda fixa (hoje sou professora concursada de uma universidade federal), passei a escolher trabalhos mais próximos de casa e tive que decidir viajar menos. Todas escolhas marcantes, convictas e que me trazem a alegria de saber que posso ter prazer no trabalho, de uma nova forma, ao mesmo tempo em que garanto atenção, amor e amamentação ao meu filho.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Professora e escritora, Cintia dá uma lição de empreendedorismo materno

Cintia com Ana Clara, Sofia e o marido, Victor
Cintia Buck largou a estabilidade de um bom salário com carteira assinada para viver suas paixões. Os filhos, a família e as letras. Formada em Letras pela USP, ela encontrou nos seus registros maternos uma nova profissão. E assim surgiu “A melhor babá do mundo”. O livro aborda, em forma de conto fictício, o empreendedorismo materno. “É o que eu vislumbro para o futuro da maternidade: uma mulher que encontrará o equilíbrio entre sua incrível capacidade para o trabalho e seus instintos mais básicos de mãe”, afirma.  

Professora e escritora, ela nos deixa uma lição, quando perguntada sobre o lado positivo e o lado negativo de ser mãe empreendedora: “Tudo é bom na vida, basta saber olhar”, diz. “Com essa correria do dia-a-dia, poderia afirmar que me sobram apenas as madrugadas para me concentrar e escrever minhas histórias. Isso poderia ser considerado “ruim”, mas descobri no silêncio da noite o prazer de estar comigo mesma. O silêncio que grita em meus ouvidos os pensamentos e sentimentos dos meus personagens”, completa.

Capa do livro "A melhor
babá do mundo"
Além das dicas, ela deixa um alerta. “Cada caso é um caso, mas gostaria de deixar um lembrete às mães que pensam em empreender e tem medo de deixar seu trabalho já seguro. De quanto realmente precisamos para viver? Quanto se gasta hoje em dia em restaurantes, festas de aniversários infantis, equipamentos eletrônicos, etc? Não seria a hora de reavaliar este exagerado consumismo e olhar com o coração aberto para nossos filhos que clamam por atenção e carinho?”.

Leia estas e outras declarações de Cintia na entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Ficha da empreendedora
Nome: Cintia Buck
Nome e idade do(s) filho(s):Ana Clara, de 5 anos e Sofia de 1 ano e 10 meses
Nome da empresa e/ou atividade: Livro “A melhor babá do mundo – Um conto sobre a Maternidade Pós-Moderna”
E-mail: cintia.buck@yahoo.com.br

Um pouco sobre a trajetória de Cintia

Formada em Letras pela USP, trabalhei por quase uma década em empresas multinacionais da área de Informática. Aos 26 anos já me sentia cansada do ambiente fechado e frio dos escritórios de São Paulo e decidi arriscar. Deixei meu bom salário e a segurança da carteira assinada para ser professora de espanhol autônoma. Hoje sou casada com Victor e mãe de duas filhas, vivo numa pequena cidade do interior e descobri na literatura uma maneira de me realizar profissionalmente sem deixar o essencial de lado: minha vocação para a maternidade.

Entrevista na íntegra

Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou? Como funciona?
A verdade é que sempre tive facilidade para escrever, mas nunca tinha me dado conta disto. Em 2011, foram aparecendo oportunidades de escrever pequenos textos, como meu relato de parto e notícias sobre alguns eventos que participei com as crianças. Com o apoio e incentivo de meu marido decidi começar um livro que não tinha tempo para acabar. A história foi tomando corpo e em 40 dias terminei de escrever o que para mim foi uma oportunidade de dizer ao mundo minhas ideias sem precisar julgar ninguém. Um livro simples que conta a história de uma mãe dividida entre um emprego muito bem remunerado que não a faz feliz e, por outro lado, estar ao lado de seu filho de 3 anos que já teve 5 babás neste período.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Deixei o conforto do meu trabalho fixo antes mesmo de ser mãe. Eu não era feliz profissionalmente e isto, claro, se refletia na minha vida inteira. Trabalhar das 8h às 18h, com aquelas roupas sociais, aqueles sapatos altos, viver naquele ambiente onde tudo se refere a vendas, dólares, atingir metas, nada disso era para mim. Eu ia tomar um café à tarde e olhava o sol pela janela, encontrava alguma árvore e pensava: “Há vida lá fora! Isso não é a vida que eu quero!”. Deixei este emprego e fui dar aulas particulares. Depois casei, nasceram as meninas e agora como escritora encontrei o equilíbrio entre mãe e profissional e me sinto motivada a seguir meus projetos literários ao lado dessa verdadeira empreitada que é ser mãe.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A flexibilidade de horário pode ser a facilidade e ao mesmo tempo a dificuldade quando se é mãe. Quando tenho que escrever algo, mandar um email importante ou mesmo responder a uma entrevista como esta, preciso de concentração e, de preferência silêncio. Mas o que acontece na prática é que faço tudo ao mesmo tempo, vou anotando as ideias, trocando as fraldas, fazendo o almoço e tudo ao som de muito desenho animado na TV!

Qual o lado bom e o lado ruim?
Tudo é bom na vida, basta saber olhar. Com essa correria do dia-a-dia, poderia afirmar que me sobram apenas as madrugadas para me concentrar e escrever minhas histórias. Isso poderia ser considerado “ruim”, mas descobri no silêncio da noite o prazer de estar comigo mesma. O silêncio que grita em meus ouvidos os pensamentos e sentimentos dos meus personagens. O tempo que antes eu gastava apenas dormindo hoje eu descobri que é possível aproveitá-lo muito mais.

O que é empreendedorismo materno para você?
É a forma que a mulher inteligente está encontrando de colocar sua capacidade intelectual em prática sem deixar seus filhos sob a responsabilidade de terceiros na maior parte do tempo.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Porque sentem que o principal trabalho não é aquele que traz benefícios materiais e efêmeros para dentro de casa e sim aquele que traz uma base sólida de amor e educação aos filhos que ninguém mais faria tão bem como elas.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Extremamente positivo.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Claro, uma mulher que tem como foco estar presente na vida de seus filhos e ao mesmo tempo levar adiante um projeto laboral não tem um minuto sequer a perder. Seus recursos físicos e até emotivos são detalhadamente cuidados para não haver desperdício em nenhuma das áreas da vida. Isto repercute numa atenção constante em seus atos, em suas palavras e em tudo o que gera energia no universo.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Única dica: fazer aquilo que ama. Ser mãe e ao mesmo tempo empreendedora é uma árdua tarefa por si só. O único combustível que vai alimentar esta engrenagem é a paixão pela atividade escolhida, já que o amor pelos filhos será sempre inerente.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mommy's Concierge: foco e economia para o enxoval comprado no exterior

Lory Buffara é mãe, empresária e blogueira. Nasceu em São Paulo e se formou em Negócios da Moda no Brasil e Decoração de Interiores na Costa Rica. Mas seu sonho sempre foi morar no exterior e vivenciar novas experiências. Ela está à frente da Mommy's Concierge, empresa de consultoria de enxoval de bebê em Miami e Orlando.

“Eu resolvi montar a minha empresa dedicada ao enxoval de bebê nos Estados Unidos, pois via muitas mães perdidas nas lojas, com uma lista gigante de itens que nem sabiam sua funcionalidade”, explica Lory.
Ela conta que é muito mais barato comprar as coisas lá, “mas se você vai sem planejamento, o barato sai caro”. É aí que entra o papel da consultoria de enxoval de bebês: “montamos uma lista personalizada, de acordo com o orçamento da cliente, elaboramos um roteiro de compras e acompanhamos no dia da compra. Garantimos que a mamãe irá comprar tudo o que o seu bebê precisa, sem exageros, e economizando dinheiro, sem falar na ótima qualidade dos produtos”, completa.

Confira um pouco sobre a história desta mamãe empreendedora na entrevista que ela concedeu ao nosso blog. 

Ficha da empreendedora
Nome: Lory Breuel Buffara.
Nome e idade do(s) filho(s): Enrico - 1 ano e 2 meses.
Nome da empresa: Mommy's Concierge e Blog Mommy's Concierge.
Telefone: 11. 3957-3810
E-mail: contato@mommysconcierge.com
Website: www.mommysconcierge.com e http://blog.mommysconcierge.com

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa
Lory: Desde quando eu casei, três anos atrás, eu fui morar no exterior. Fomos morar na Costa Rica, onde meu filho nasceu (onde vivenciei coisas incríveis) e depois mudamos para Miami. Depois do nascimento do Enrico, minha vida mudou completamente. Comecei a pesquisar bastante sobre o assunto, passei a experimentar o que é ser mãe e sempre curiosa, passei a buscar novidades e dicas da maternidade. Logo depois que me mudei para os Estados Unidos, muitas amigas minhas vinham fazer o enxoval dos bebês e eu as ajudava. Depois de conhecer inúmeros produtos diferentes, marcas e onde comprar, encontrar preços melhores, resolvi abrir uma empresa de consultoria de enxoval de bebê em Miami e Orlando, a Mommy's Concierge.  Hoje em dia muitas mães vem para os EUA comprar o enxoval, onde tudo é muito mais barato, encontramos produtos diferenciados e aproveitam também para passear antes da chegada do bebê. Atualmente conto com 2 consultoras em Orlando e eu pessoalmente atendo minhas clientes em Miami.
Com o objetivo de divulgar minha empresa, criei um blog onde eu dou dicas sobre a maternidade, o enxoval, decoração, enfim tudo feito para as mamães e futuras mamães. Meu filho foi a inspiração de tudo, e posso dizer que amo o que faço.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Eu sempre trabalhei com Moda no Brasil, mas depois que mudei para o exterior, percebi que tinha outras coisas interessantes que me chamavam a atenção. Meu sonho sempre foi em construir uma família e é claro ter filhos. Mesmo antes de o meu filho nascer eu já me interessava muito pelo mundo da maternidade. Hoje eu sou realizada com meu marido que amo muito, um filho incrível e trabalho na área que descobri que eu amo e faço as coisas com muito carinho.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
As dificuldades são muitas, começando pelo tempo [risos]. Quando viramos mães, parece que o tempo passa muito mais rápido, não é?!. Mas graças a Deus, meu bebê já está mais grandinho, então decidimos colocá-lo em uma escolhinha. A grande facilidade é que como você vive intensamente a função mãe, o seu olhar passa a ver tudo relacionado com bebê, filho, mães, etc. e tudo se torna mais prazeroso. O meu trabalho envolve uma área que cada dia me interessa mais e meu objetivo é passar minhas dicas e conhecimento para muitas mães.

Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom de ser empresária é que você é seu chefe [risos]. Faço meu horário, viajo quando quero, se quiser tirar um dia off para curtir meu filho, eu posso. E também a independência financeira! O lado ruim é que tudo o que acontece é responsabilidade sua para resolver, então as vezes acaba sendo um pouco cansativo.

O que é empreendedorismo materno para você?
Empreendorismo materno para mim é você saber conciliar a função mãe com a sua empresa. Saber separar o tempo que seu filho merece, e o tempo que a sua empresa precisa da sua dedicação. Você tendo um bom equilibro desses dois pontos, você consegue desenvolver as duas funções muito bem!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito justamente pelo fato de ter flexibilidade com os horários. Tem dias que seu filho fica doente, tem outros que você sente que precisar fazer mais coisas com ele. E acredito que mães que trabalham acabam sendo mais completas e seus filhos aprendem a viver mais independentes.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Acho que é super positivo. Você sai de casa, vivencia outras experiências, conhece muitas pessoas, trocar experiências. Acho isso fantástico. Não sou contra a mãe que quer ficar todo o tempo em casa para dedicar-se aos filhos, mas não é o meu estilo de vida.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sim, super sustentável. Equilibrando bem o tempo entre os dois, dá sim para ganhar dinheiro e ser uma ótima mãe ao mesmo tempo!

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
A minha dica é: pesquise muito antes de abrir sua empresa e escolha uma área que seja sua paixão, e não decidir de um dia para o outro, resolvi montar a minha empresa. Acho que o sucesso de um negócio é a dedicação que você dá a ele, a sua estruturação, ou seja como ele vai funcionar, o porque as pessoas contrariam seu serviço, entre outros. (mediante muitas pesquisas e opiniões).

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Caindo na blogosfera

Não tem nada mais gratificante do que ver, de vez em quando, o blog Empreendedorismo Materno sendo citado por outros da blogosfera materna.

Hoje, queria deixar a dica do post "Empreendedorismo materno", do Blog da Claudia Leite.

Vale a pena dar um pulinho lá e conhecer o trabalho da Claudia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Em Sorocaba, Carla criou o Bem Gerar: um polo de mães empreendedoras para o bem estar de outras mães

Carla e sua família
O empreendimento de Carla Arruda pode ser considerado triplamente integrante do movimento de empreendedorismo materno. Além de ser fruto do fenômeno na vida de Carla, o Espaço Bem Gerar, em Sorocaba (SP), é integrado por uma equipe de mães empreendedoras que atendem outras mães em atividades de saúde, bem-estar e humanização do parto.“As mulheres que se envolveram no projeto Bem Gerar estão de parabéns e que eu agradeço muito a disponibilidade de todas a abraçar o projeto; sem elas, nada disso estaria acontecendo”, enfatiza Carla, valorizando o trabalho em equipe de suas colaboradoras. No site, é possível encontrar nome e função de todas. Ela arremata: “preciso agradecer meu marido que é o maior apoiador dessa minha jornada. Ele tem sido um grande parceiro!”.

Conheça um pouco mais sobre o espaço Bem Gerar e sobre a história de Carla na entrevista que ela concedeu ao nosso blog. 

Ficha da empreendedora
Seu nome: Carla Cristina Costa Arruda
Nome e idade do(s) filho(s): Henrique 3 anos e Heloísa (Lilô) 9 meses
Nome da empresa e/ou atividade: Bem Gerar
Telefone: (15) 9707-4707 begin_of_the_skype_highlighting            (15) 9707-4707      end_of_the_skype_highlighting      
website e/ou blog: www.bemgerar.com

Breve descrição do empreendimento
Bem Gerar é um sonho que é gestado desde 2007. Hoje, inaugurando em novembro de 2012, materializou-se em um espaço destinado a gestantes e mães, com atendimentos diversos nas áreas de saúde, bem-estar e também humanização do parto. Toda a equipe é formada por mães que tiveram que refazer a carreira com a maternidade, oferecendo: acupuntura, estética, doula, enfermagem-parteira, fisioterapia pós-parto, yoga, pilates, cursos de preparação para maternidade, fotografia e mais. É um espaço onde as gestantes  e mães com filhos pequenos se sentem em casa. Enquanto a mãe é atendida, há espaço para os bebês serem cuidados e as crianças brincarem. Além disso, há produtos diversos à venda, como slings, roupas, acessórios. 

Um pouco sobre Carla
Eu sou natural de São Paulo de uma família de três irmãos de pais jovens e empreendedores, que me estimularam sempre a estudar e empreender. Sempre me encantei pelo universo materno-infantil. Fiz faculdade de Terapia Ocupacional na Universidade Federal de São Carlos, depois fui para Faro, Portugal, onde estagiei e trabalhei na minha área de formação, além de conhecer o trabalho de uma fisioterapeuta com gestantes (que foi minha inspiração). Voltei para o Brasil após um pouco mais de um ano para morar em Sorocaba-SP junto com meu namorado da época da faculdade (hoje pai dos meus filhos e meu marido). Fiz pós-graduação em Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura  enquanto trabalhava em São Paulo, capital, com crianças com necessidades especiais severas. Mas não estava contente; fiz cursos como de educadora perinatal e doula e larguei meu trabalho para atuar junto com gestantes. Conheci uma grande companheira Letícia Arruda e juntas fundamos o Ishtar Sorocaba, que é um grupo de apoio a humanização do parto (há quatro anos) e mergulhei nesse mundo sem volta. Quando fundamos o grupo estava grávida do meu filho mais velho e isso favoreceu muito minhas escolhas em continuar nesse caminho; ele nasceu em casa, passei a só trabalhar nessa área. Tive minha filha também em casa dois anos e meio depois e já fortalecida com a maternidade, com muitas pessoas acompanhadas, resolvi enfim empreender.

Um pouco sobre a iniciativa
O Bem Gerar começou desde que eu era criança e via os livros dos meus pais onde havia fotos de partos e bebês. Aquilo me fascinava, apesar de saber que não queria ser médica. O Bem Gerar começou com um site em 2007 para colocar informações sobre gestação, parto e desenvolvimento; meu irmão André que fez para mim e comecei a ter um tanto de contatos através disso. Quando engravidei da minha segunda filha, já tinha em mente que havia amadurecido e que tinha que abrir o espaço; fazia muitas atividades através do Ishtar e sentia que precisava de local fixo para atender, receber as pessoas, mas não queria um consultório. As mulheres que eu acompanhava sinalizavam essa lacuna na cidade: lugar que pudessem tirar dúvidas, levar seus filhos, enfim, um local que entendesse mulheres-mães. Em 2012, então, reuni nomes de mulheres que eu conhecia profissionalmente ou que havia acompanhado parto e que tinham interesse, de alguma forma, em trabalhar no projeto e o resultado está sendo de uma rede de mais de 10 mulheres trabalhando juntas para abrir o Bem Gerar. Eu sou a sócia-proprietária, mas todo o negócio é voltado para o ganho de todas: contas abertas, reuniões periódicas, planejamento de marketing e gestão, sempre flexível com a agenda de mulheres-mães. Os filhos são bem vindos no espaço também.
Como era seu trabalho antes e como é agora?
Meu trabalho mudou totalmente: de assalariada de jaleco, para depois profissional liberal e agora empresária com dois filhos. Confesso que hoje trabalho muito mais e bem mais feliz.  
Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Acredito que realizarei a partir de 9 de novembro, quando inaugurarmos. Mas ao mesmo tempo, já me sinto realizada com todo esse movimento de mulheres trabalhando juntas, é lindo de ver!
 
Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A maternidade me abriu a mente e as portas para trabalhar com outras mães, acho que me aproximou delas. Além disso, me motivou, pois senti o quanto é ainda fraco o mercado que atenda as necessidades não-materias das gestantes e mães. Agora as dificuldades também são bem claras: filhos são imprevisíveis e exigem bastante de nós, conciliar horários sendo mãe full time é bem difícil. No meu caso, não tenho ninguém para ajudar, meu marido e eu nos desdobramos para dar conta de casa, trabalhos, projetos  e os dois pequenos... é meio louco. Empreender sendo mãe é melhor e pior pelo mesmo motivo: horários alternativos. 
O que é empreendedorismo materno para você?
É a iniciativa materna em desenvolver algo que se sonha, que por ser algo prazeroso, de escolha, consegue ser conciliado com a maternidade.
 
Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito pela disponibilidade e flexibilidade de tempo. Trabalhar com horário fixo, de carteira assinada também nos faz ter "carteira assinada" e horário para ser mãe. Isso é injusto. Poder alternar horários e acompanhar a vida dos filhos é perfeito. Além disso, fazendo o que se gosta é muito mais fácil e seguro para a mãe dizer tchau aos filhos quando precisa, não?
 
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Eu acho que tem os dois lados e depende muito de como a mulher vê. O lado negativo é se a mulher não se sente segura, as opiniões alheias de "você não trabalha mesmo, você faz umas coisas" pode minar qualquer ânimo; além disso, muitas vezes o retorno financeiro exige um pouco mais de paciência e também questões como fundo de garantia, seguros e etc exigem que a mulher se organize para fazer por conta.Além disso, incorporar o mil e uma utilidades desgasta as mulheres e as vezes não satisfaz nenhum papel que ela desempenha.  Agora como positivo ficaria tempos escrevendo a respeito: oportunidade de realizar sonho, de ser criativa, de fazer o que gosta, de conciliar a vida profissional e a maternidade são uma pequena parte de uma lista de "lado" positivo.
 
É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sim, creio que é um modo sustentável.
 
Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Primeiro que ela tenha em mente exatamente o que quer com o seu filho e para sua carreira, assim, é mais fácil se planejar e executar e também que ela abra de tempo com seu filho apenas para algo que ela queira muito.
  

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sentir, sonhar, arriscar e transformar. Atitudes importantes para empreender!


Da Folha de São Paulo.

Ser um empreendedor inovador e de sucesso é o sonho de todos que abrem o seu próprio negócio. Mas os caminhos são tortuosos, por isso, quem quiser se arriscar precisa ter algumas atitudes para guiar seu caminho.

Segundo Valter Pieracciani, consultor e especialista em gestão de inovação em empresas, existem quatro posturas que os empresários inovadores têm em suas vidas.

"A inovação é cada vez mais importante para as empresas, mas pouca gente se dá conta que ela deve ser permanente. Ser criativo uma vez só não adianta", diz Pieracciani.

SENTIR
Todo empreendedor deve estar conectado com o mundo e saber perceber as mudanças que estão acontecendo em nossa sociedade, medindo quais serão as suas consequências. "Com essa visão você poderá saber quais serão os produtos e serviços que podem fazer sucesso no mercado", afirma o consultor.
SONHAR
A capacidade de imaginar um mundo diferente, com produtos e serviços não existem hoje, pode ser a maior arma de um empresário. "Sonhe acordado, mas visualize soluções para o futuro. Pergunte-se: o que as pessoas vão precisar nos próximos anos?"
ARRISCAR
As pessoas de sucesso precisam experimentar sem medo de não conseguir atingir seus objetivos. "O erro serve para o aprendizado e experiência. Ele deve ser visto com bons olhos, não como um ponto negativo. Arriscar faz bem ao empreendedor."
TRANSFORMAR
O papel de toda inovação é transformar o seu ambiente. Quando um produto ou serviço realmente novo aparece no mercado todos passam a seguir sua tendência. "Todos os grandes inovadores tiveram dúvidas, mas não perderam a confiança em sua visão."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mãe S/A – empreendedorismo materno é Fantástico


Vejam este post do Maternarum sobre a série do programa dominical Fantástico.

É muito bom ver o empreendedorismo materno ganhando visibilidade!

Segue a íntegra do post do Maternarum.

Se restava alguma dúvida de que o empreendedorismo materno é tendência no mundo e mais do que nunca também no Brasil, todas elas acabaram com matéria em rede nacional. Neste domingo, 21 de outubro, o Fantástico começou uma série sobre mães empreendedoras com o consultor de carreiras, Max Gehringer.

A série acompanha o dia a dia de três mães empreendedoras, Vivi, Grace e Maria. O primeiro episódio foi a apresentação das mães com o tema: grande virada – aquele momento decisivo que conhecemos bem.

Mãe S/A promete trazer dicas para facilitar e colocar nos eixos a vida das mães. A nós, mães empreendedoras que navegamos nessa nova onda, vale a pena acompanhar e botar em prática as sugestões.

Se você perdeu o primeiro episódio, confira aqui!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Empreendedorismo materno é destaque no site da Casa do Brincar

Vejam que bacana. O empreendedorismo materno ganha cada vez mais espaço e visibilidade...

Esta matéria é do site da Casa do brincar.

MÃES EMPREENDEDORAS APOSTAM EM NEGÓCIOS PRÓPRIOS PARA FICAR MAIS PERTO DOS FILHOS

Uma saída que tem sido considerada cada vez mais por mulheres que se tornam mães é a de criar o próprio negócio. Para ter mais tempo e acompanhar mais de perto o crescimento das crianças, algumas mães tem deixado seus empregos e investido em áreas muitas vezes diferentes da sua formação. Este fenômeno é conhecido como Mompreneur – uma junção em inglês entre as palavras Mom (mãe) e Entrepreneur (empreendedor), que em português seria algo como “Mãepreendorismo”.
Segundo uma pesquisa americana realizada pela ONG Center for Women’s Business Research, nos EUA, as mulheres empreendem, em média, duas vezes mais que os homens. Lá, 15,6 milhões de mulheres são empreendedoras. Destas, 7 milhões, que representa próximo da metade, são mães, o que também corresponde a cerca de 10% das mães americanas. São valores expressivos.
No Brasil não temos pesquisas específicas neste sentido, mas o Sebrae divulgou a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor em 2010, que aponta que o Brasil tem cerca de 10 milhões de mulheres empreendedoras. Seguindo uma média dos últimos censos, que aponta que 50% das mulheres brasileiras são mães, estamos falando de 5 milhões de “mãepreendedoras” em nosso país.
Já existem alguns sites e blogs que dão dicas e contam experiências sobre a virada na carreira dessas mulheres. Em português, o mais significativo deles é o Mãe Empreendedora.
Já em inglês temos algumas opções, com dicas que podem ser adaptadas à realidade brasileira, como o The Mom Entrepreneur, o Mompreneur  e o Mom Ventures.
Para as mães que ainda estão pensando se vale a pena largar o emprego para se dedicar ao negócio próprio, o site Work It Mom traz dicas de como aliar a carreira profissional e o papel de mãe.

Conte a sua história e divulgue seu trabalho aqui no blog!

Se você é mãe empreendedora e quer um espaço para divulgar seu trabalho, mande um depoimento para o blog!

Este espaço é aberto, livre e gratuito!

Para contar sua história, basta preencher a ficha abaixo e enviar um depoimento.

Se preferir fazer uma entrevista, escreva pra nós, e enviamos um roteiro de perguntas.

Faça parte da nossa rede de mães empreendedoras!

Ficha da mãe empreendedora
Seu nome:
Nome e idade do(s) filho(s):
Nome da empresa e/ou atividade:
Telefone:
e-mail:
website e/ou blog:

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Alguns mitos sobre o trabalho das mães empreendedoras

Quem já é mãe empreendedora pode se identificar. Quem ainda não é e está pensando em ser, não vai poder dizer que não avisamos! Ser mãe empreendedora não é tarefa fácil. E como se não bastassem todos os "pratinhos" que temos que equilibrar, como verdadeiras malabaristas, ainda temos que enfrentar os preconceitos e a falta de reconhecimento social do nosso trabalho, que muitas vezes provê grande parte (quando não, a maior!) da renda familiar.

Neste post, não pretendo esgotar todos os mitos sobre nosso trabalho, mas queria ao menos listar alguns deles que vem me incomodando e que são recorrentes nos discursos que vemos, lemos e ouvimos por aí. Assim como não vou esgotá-los, não vou dar conta de todos os argumentos para derrubá-los, claro. Mas a ideia é jogar algumas notas aqui e começar a falar sobre este assunto, que com certeza vai render novos posts no futuro, porque "dá pano pra manga". 

Ah, antes de começar a tratar dos mitos, um aviso: claro que o assunto é sério e, portanto, está sendo levado a sério. Mas leveza e bom humor não fazem mal a ninguém...

Mito 1: trabalhamos menos
Este mito atinge tantos as aspirantes a empreendedoras (que pensam que vão trabalhar menos sendo profissionais liberais e por isso, terão mais tempo para seus filhos), quanto as pessoas à nossa volta. E o alvo principal são as mães empreendedoras em esquema home-office. Quem nunca recebeu aquele telefonema no meio da tarde de um familiar para conversar da vida? Quando esta pessoa faria o mesmo, se você "estivesse no escritório"? 
Gente, mãe empreendedora não trabalha menos. Trabalha igual e na maior parte das vezes MAIS do que outros profissionais liberais. Isso, porque, em geral, tem que dar conta de jornadas duplas, triplas, quádruplas! Cuidar da casa, da família, dos filhos, do serviço... e de tudo mais que aparecer pela frente!
O que acontece (e que as pessoas confundem com trabalhar menos) é que nosso trabalho fica mais flexível. Ou seja: sim, podemos deixar de trabalhar uma tarde, porque nosso filho está doente. Sendo que à noite, quando ele adormecer, estaremos na frente do computador, dando conta do trabalho atrasado. Sim, podemos tirar uma tarde "de folga" para ir ao parque ou ao cinema com os filhotes, mas na madrugada ou no fim de semana, lá estaremos nós, respondendo emails, atualizando o site ou o blog, atendendo clientes, respondendo demandas.
Mito 1 derrubado! Não trabalhamos menos. Nosso trabalho e nosso tempo são flexíveis.

Mito 2: somos dispersas 
Somos verdadeiras malabaristas. Equilibramos múltiplas tarefas e damos conta de tudo com muita competência. Mas não somos dispersas. Pelo contrário. Temos nosso modo próprio de funcionar. Claro... nosso tempo fica diferente do tempo do restante da sociedade. Trabalhamos na madrugada, nas sonecas dos filhos, nos horários em que eles estão na escola ou entre uma atividade e outra deles ao longo do dia. Trabalhamos enquanto eles ficam com a avó, com a sogra, com a tia, enquanto assistem algo na TV, enquanto estão brincando com o papai... 
Somos multitarefas, mas isso não é sinônimo de dispersão. Pelo contrário, minha teoria é de que toda mãe empreendedora desenvolve algo que batizei de CCI – Capacidade de Concentração Instantânea. Isso diz respeito ao nosso poder incrível de estarmos totalmente focadas em algo e, no segundo seguinte, estarmos totalmente focadas em outra coisa.
A questão de fundo deste poder é nosso tempo: ele vira um bem tão precioso, que aprendemos a otimizá-lo. Ou seja: aprendemos a aproveitar cada segundo enquanto estamos disponíveis para o trabalho!
Junto com a CCI, algumas mães desenvolvem a CCM – Capacidade de Concentração Múltipla, que é mais complexa, porque diz respeito à capacidade de concentrar inteiramente em mais de uma tarefa ou ação simultaneamente!
Mito 2 derrubado! Não somos dispersas. Somos multitarefas e temos uma habilidade sobrenatural de concentração!

Mito 3: nosso trabalho é amador
Este é um mito que tem a ver com a (ainda) falta de entendimento da sociedade sobre as mudanças no mundo do trabalho. Nós, mães empreendedoras, nos beneficiamos de uma tendência que é mais ampla do que o nosso movimento: a de pessoas flexibilizarem seu tempo e trabalharem em casa ou em outros formatos inovadores.
Muitos executivos trabalham de suas casas. Mas parece que o fato de sermos mães e trabalharmos em casa ganha outro peso. Como, muitas vezes, a nossa opção é feita após a maternidade, parece que o trabalho tem menos mérito do que a executiva que trabalha de casa, para “otimizar seu tempo” porque é muito ocupada ou qualquer outra justificativa.
Justamente por termos este lugar social, nosso trabalho não pode ser amador. Pelo contrário. Temos que dar duro, muitas vezes mais duro do que outro trabalhador, para receber o mesmo reconhecimento (inclusive em termos financeiros) às vezes pelo mesmo serviço.
Muitas de nós inclusive não sabe valorizar (ou seria melhor valorar, no sentido de precificar mesmo) o trabalho, justamente porque não consegue reconhecer seu próprio valor. Isso se dá, porque este mito é muito reproduzido.
Somos profissionais. E muitas de nós abriram mão de uma carreira bem sucedida e optaram por flexibilizar o tempo, o formato ou o tipo de trabalho por um motivo nobilíssimo: estar mais tempo (ou um melhor tempo) como nossos filhos. E isso não pode e não deve tirar o mérito de nosso trabalho.
Mito 3 derrubado: não somos amadoras. Somos profissionais superqualificadas e que ainda enfrentamos uma série de barreiras para nos afirmarmos no mercado!

Longe de ser uma mensagem desanimadora ou que nos coloca (nós, mães empreendedoras) enquanto vítimas e também longe de ser uma mensagem ambiciosa, este post queria apenas começar a tratar destes assuntos. A intenção foi nos afirmar, nos unir, e começar a derrubar estes mitos que muitas vezes são incorporados e reproduzidos por nós mesmas.

Então, vamos começar a reverter estas ideias e a mostrar o valor de nosso(s) trabalho(s) e de nossa opção!

Se você é mãe empreendedora e leitora do blog e já sofreu algum preconceito, ouviu alguma piadinha ou teve seu trabalho reduzido por ser mãe empreendedora ou por conta do modo como trabalha, conte a sua história aqui! Envie uma mensagem pra nós! Colabore com este debate. Ele nos ajuda a crescermos juntas!