quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Professora e escritora, Cintia dá uma lição de empreendedorismo materno

Cintia com Ana Clara, Sofia e o marido, Victor
Cintia Buck largou a estabilidade de um bom salário com carteira assinada para viver suas paixões. Os filhos, a família e as letras. Formada em Letras pela USP, ela encontrou nos seus registros maternos uma nova profissão. E assim surgiu “A melhor babá do mundo”. O livro aborda, em forma de conto fictício, o empreendedorismo materno. “É o que eu vislumbro para o futuro da maternidade: uma mulher que encontrará o equilíbrio entre sua incrível capacidade para o trabalho e seus instintos mais básicos de mãe”, afirma.  

Professora e escritora, ela nos deixa uma lição, quando perguntada sobre o lado positivo e o lado negativo de ser mãe empreendedora: “Tudo é bom na vida, basta saber olhar”, diz. “Com essa correria do dia-a-dia, poderia afirmar que me sobram apenas as madrugadas para me concentrar e escrever minhas histórias. Isso poderia ser considerado “ruim”, mas descobri no silêncio da noite o prazer de estar comigo mesma. O silêncio que grita em meus ouvidos os pensamentos e sentimentos dos meus personagens”, completa.

Capa do livro "A melhor
babá do mundo"
Além das dicas, ela deixa um alerta. “Cada caso é um caso, mas gostaria de deixar um lembrete às mães que pensam em empreender e tem medo de deixar seu trabalho já seguro. De quanto realmente precisamos para viver? Quanto se gasta hoje em dia em restaurantes, festas de aniversários infantis, equipamentos eletrônicos, etc? Não seria a hora de reavaliar este exagerado consumismo e olhar com o coração aberto para nossos filhos que clamam por atenção e carinho?”.

Leia estas e outras declarações de Cintia na entrevista que ela concedeu ao nosso blog.

Ficha da empreendedora
Nome: Cintia Buck
Nome e idade do(s) filho(s):Ana Clara, de 5 anos e Sofia de 1 ano e 10 meses
Nome da empresa e/ou atividade: Livro “A melhor babá do mundo – Um conto sobre a Maternidade Pós-Moderna”
E-mail: cintia.buck@yahoo.com.br

Um pouco sobre a trajetória de Cintia

Formada em Letras pela USP, trabalhei por quase uma década em empresas multinacionais da área de Informática. Aos 26 anos já me sentia cansada do ambiente fechado e frio dos escritórios de São Paulo e decidi arriscar. Deixei meu bom salário e a segurança da carteira assinada para ser professora de espanhol autônoma. Hoje sou casada com Victor e mãe de duas filhas, vivo numa pequena cidade do interior e descobri na literatura uma maneira de me realizar profissionalmente sem deixar o essencial de lado: minha vocação para a maternidade.

Entrevista na íntegra

Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? Quando começou? Como funciona?
A verdade é que sempre tive facilidade para escrever, mas nunca tinha me dado conta disto. Em 2011, foram aparecendo oportunidades de escrever pequenos textos, como meu relato de parto e notícias sobre alguns eventos que participei com as crianças. Com o apoio e incentivo de meu marido decidi começar um livro que não tinha tempo para acabar. A história foi tomando corpo e em 40 dias terminei de escrever o que para mim foi uma oportunidade de dizer ao mundo minhas ideias sem precisar julgar ninguém. Um livro simples que conta a história de uma mãe dividida entre um emprego muito bem remunerado que não a faz feliz e, por outro lado, estar ao lado de seu filho de 3 anos que já teve 5 babás neste período.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Deixei o conforto do meu trabalho fixo antes mesmo de ser mãe. Eu não era feliz profissionalmente e isto, claro, se refletia na minha vida inteira. Trabalhar das 8h às 18h, com aquelas roupas sociais, aqueles sapatos altos, viver naquele ambiente onde tudo se refere a vendas, dólares, atingir metas, nada disso era para mim. Eu ia tomar um café à tarde e olhava o sol pela janela, encontrava alguma árvore e pensava: “Há vida lá fora! Isso não é a vida que eu quero!”. Deixei este emprego e fui dar aulas particulares. Depois casei, nasceram as meninas e agora como escritora encontrei o equilíbrio entre mãe e profissional e me sinto motivada a seguir meus projetos literários ao lado dessa verdadeira empreitada que é ser mãe.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A flexibilidade de horário pode ser a facilidade e ao mesmo tempo a dificuldade quando se é mãe. Quando tenho que escrever algo, mandar um email importante ou mesmo responder a uma entrevista como esta, preciso de concentração e, de preferência silêncio. Mas o que acontece na prática é que faço tudo ao mesmo tempo, vou anotando as ideias, trocando as fraldas, fazendo o almoço e tudo ao som de muito desenho animado na TV!

Qual o lado bom e o lado ruim?
Tudo é bom na vida, basta saber olhar. Com essa correria do dia-a-dia, poderia afirmar que me sobram apenas as madrugadas para me concentrar e escrever minhas histórias. Isso poderia ser considerado “ruim”, mas descobri no silêncio da noite o prazer de estar comigo mesma. O silêncio que grita em meus ouvidos os pensamentos e sentimentos dos meus personagens. O tempo que antes eu gastava apenas dormindo hoje eu descobri que é possível aproveitá-lo muito mais.

O que é empreendedorismo materno para você?
É a forma que a mulher inteligente está encontrando de colocar sua capacidade intelectual em prática sem deixar seus filhos sob a responsabilidade de terceiros na maior parte do tempo.

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Porque sentem que o principal trabalho não é aquele que traz benefícios materiais e efêmeros para dentro de casa e sim aquele que traz uma base sólida de amor e educação aos filhos que ninguém mais faria tão bem como elas.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Extremamente positivo.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Claro, uma mulher que tem como foco estar presente na vida de seus filhos e ao mesmo tempo levar adiante um projeto laboral não tem um minuto sequer a perder. Seus recursos físicos e até emotivos são detalhadamente cuidados para não haver desperdício em nenhuma das áreas da vida. Isto repercute numa atenção constante em seus atos, em suas palavras e em tudo o que gera energia no universo.

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Única dica: fazer aquilo que ama. Ser mãe e ao mesmo tempo empreendedora é uma árdua tarefa por si só. O único combustível que vai alimentar esta engrenagem é a paixão pela atividade escolhida, já que o amor pelos filhos será sempre inerente.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mommy's Concierge: foco e economia para o enxoval comprado no exterior

Lory Buffara é mãe, empresária e blogueira. Nasceu em São Paulo e se formou em Negócios da Moda no Brasil e Decoração de Interiores na Costa Rica. Mas seu sonho sempre foi morar no exterior e vivenciar novas experiências. Ela está à frente da Mommy's Concierge, empresa de consultoria de enxoval de bebê em Miami e Orlando.

“Eu resolvi montar a minha empresa dedicada ao enxoval de bebê nos Estados Unidos, pois via muitas mães perdidas nas lojas, com uma lista gigante de itens que nem sabiam sua funcionalidade”, explica Lory.
Ela conta que é muito mais barato comprar as coisas lá, “mas se você vai sem planejamento, o barato sai caro”. É aí que entra o papel da consultoria de enxoval de bebês: “montamos uma lista personalizada, de acordo com o orçamento da cliente, elaboramos um roteiro de compras e acompanhamos no dia da compra. Garantimos que a mamãe irá comprar tudo o que o seu bebê precisa, sem exageros, e economizando dinheiro, sem falar na ótima qualidade dos produtos”, completa.

Confira um pouco sobre a história desta mamãe empreendedora na entrevista que ela concedeu ao nosso blog. 

Ficha da empreendedora
Nome: Lory Breuel Buffara.
Nome e idade do(s) filho(s): Enrico - 1 ano e 2 meses.
Nome da empresa: Mommy's Concierge e Blog Mommy's Concierge.
Telefone: 11. 3957-3810
E-mail: contato@mommysconcierge.com
Website: www.mommysconcierge.com e http://blog.mommysconcierge.com

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa
Lory: Desde quando eu casei, três anos atrás, eu fui morar no exterior. Fomos morar na Costa Rica, onde meu filho nasceu (onde vivenciei coisas incríveis) e depois mudamos para Miami. Depois do nascimento do Enrico, minha vida mudou completamente. Comecei a pesquisar bastante sobre o assunto, passei a experimentar o que é ser mãe e sempre curiosa, passei a buscar novidades e dicas da maternidade. Logo depois que me mudei para os Estados Unidos, muitas amigas minhas vinham fazer o enxoval dos bebês e eu as ajudava. Depois de conhecer inúmeros produtos diferentes, marcas e onde comprar, encontrar preços melhores, resolvi abrir uma empresa de consultoria de enxoval de bebê em Miami e Orlando, a Mommy's Concierge.  Hoje em dia muitas mães vem para os EUA comprar o enxoval, onde tudo é muito mais barato, encontramos produtos diferenciados e aproveitam também para passear antes da chegada do bebê. Atualmente conto com 2 consultoras em Orlando e eu pessoalmente atendo minhas clientes em Miami.
Com o objetivo de divulgar minha empresa, criei um blog onde eu dou dicas sobre a maternidade, o enxoval, decoração, enfim tudo feito para as mamães e futuras mamães. Meu filho foi a inspiração de tudo, e posso dizer que amo o que faço.

Como era seu trabalho antes e como é agora? Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Eu sempre trabalhei com Moda no Brasil, mas depois que mudei para o exterior, percebi que tinha outras coisas interessantes que me chamavam a atenção. Meu sonho sempre foi em construir uma família e é claro ter filhos. Mesmo antes de o meu filho nascer eu já me interessava muito pelo mundo da maternidade. Hoje eu sou realizada com meu marido que amo muito, um filho incrível e trabalho na área que descobri que eu amo e faço as coisas com muito carinho.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
As dificuldades são muitas, começando pelo tempo [risos]. Quando viramos mães, parece que o tempo passa muito mais rápido, não é?!. Mas graças a Deus, meu bebê já está mais grandinho, então decidimos colocá-lo em uma escolhinha. A grande facilidade é que como você vive intensamente a função mãe, o seu olhar passa a ver tudo relacionado com bebê, filho, mães, etc. e tudo se torna mais prazeroso. O meu trabalho envolve uma área que cada dia me interessa mais e meu objetivo é passar minhas dicas e conhecimento para muitas mães.

Qual o lado bom e o lado ruim?
O lado bom de ser empresária é que você é seu chefe [risos]. Faço meu horário, viajo quando quero, se quiser tirar um dia off para curtir meu filho, eu posso. E também a independência financeira! O lado ruim é que tudo o que acontece é responsabilidade sua para resolver, então as vezes acaba sendo um pouco cansativo.

O que é empreendedorismo materno para você?
Empreendorismo materno para mim é você saber conciliar a função mãe com a sua empresa. Saber separar o tempo que seu filho merece, e o tempo que a sua empresa precisa da sua dedicação. Você tendo um bom equilibro desses dois pontos, você consegue desenvolver as duas funções muito bem!

Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito justamente pelo fato de ter flexibilidade com os horários. Tem dias que seu filho fica doente, tem outros que você sente que precisar fazer mais coisas com ele. E acredito que mães que trabalham acabam sendo mais completas e seus filhos aprendem a viver mais independentes.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Acho que é super positivo. Você sai de casa, vivencia outras experiências, conhece muitas pessoas, trocar experiências. Acho isso fantástico. Não sou contra a mãe que quer ficar todo o tempo em casa para dedicar-se aos filhos, mas não é o meu estilo de vida.

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sim, super sustentável. Equilibrando bem o tempo entre os dois, dá sim para ganhar dinheiro e ser uma ótima mãe ao mesmo tempo!

Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
A minha dica é: pesquise muito antes de abrir sua empresa e escolha uma área que seja sua paixão, e não decidir de um dia para o outro, resolvi montar a minha empresa. Acho que o sucesso de um negócio é a dedicação que você dá a ele, a sua estruturação, ou seja como ele vai funcionar, o porque as pessoas contrariam seu serviço, entre outros. (mediante muitas pesquisas e opiniões).

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Caindo na blogosfera

Não tem nada mais gratificante do que ver, de vez em quando, o blog Empreendedorismo Materno sendo citado por outros da blogosfera materna.

Hoje, queria deixar a dica do post "Empreendedorismo materno", do Blog da Claudia Leite.

Vale a pena dar um pulinho lá e conhecer o trabalho da Claudia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Em Sorocaba, Carla criou o Bem Gerar: um polo de mães empreendedoras para o bem estar de outras mães

Carla e sua família
O empreendimento de Carla Arruda pode ser considerado triplamente integrante do movimento de empreendedorismo materno. Além de ser fruto do fenômeno na vida de Carla, o Espaço Bem Gerar, em Sorocaba (SP), é integrado por uma equipe de mães empreendedoras que atendem outras mães em atividades de saúde, bem-estar e humanização do parto.“As mulheres que se envolveram no projeto Bem Gerar estão de parabéns e que eu agradeço muito a disponibilidade de todas a abraçar o projeto; sem elas, nada disso estaria acontecendo”, enfatiza Carla, valorizando o trabalho em equipe de suas colaboradoras. No site, é possível encontrar nome e função de todas. Ela arremata: “preciso agradecer meu marido que é o maior apoiador dessa minha jornada. Ele tem sido um grande parceiro!”.

Conheça um pouco mais sobre o espaço Bem Gerar e sobre a história de Carla na entrevista que ela concedeu ao nosso blog. 

Ficha da empreendedora
Seu nome: Carla Cristina Costa Arruda
Nome e idade do(s) filho(s): Henrique 3 anos e Heloísa (Lilô) 9 meses
Nome da empresa e/ou atividade: Bem Gerar
Telefone: (15) 9707-4707 begin_of_the_skype_highlighting            (15) 9707-4707      end_of_the_skype_highlighting      
website e/ou blog: www.bemgerar.com

Breve descrição do empreendimento
Bem Gerar é um sonho que é gestado desde 2007. Hoje, inaugurando em novembro de 2012, materializou-se em um espaço destinado a gestantes e mães, com atendimentos diversos nas áreas de saúde, bem-estar e também humanização do parto. Toda a equipe é formada por mães que tiveram que refazer a carreira com a maternidade, oferecendo: acupuntura, estética, doula, enfermagem-parteira, fisioterapia pós-parto, yoga, pilates, cursos de preparação para maternidade, fotografia e mais. É um espaço onde as gestantes  e mães com filhos pequenos se sentem em casa. Enquanto a mãe é atendida, há espaço para os bebês serem cuidados e as crianças brincarem. Além disso, há produtos diversos à venda, como slings, roupas, acessórios. 

Um pouco sobre Carla
Eu sou natural de São Paulo de uma família de três irmãos de pais jovens e empreendedores, que me estimularam sempre a estudar e empreender. Sempre me encantei pelo universo materno-infantil. Fiz faculdade de Terapia Ocupacional na Universidade Federal de São Carlos, depois fui para Faro, Portugal, onde estagiei e trabalhei na minha área de formação, além de conhecer o trabalho de uma fisioterapeuta com gestantes (que foi minha inspiração). Voltei para o Brasil após um pouco mais de um ano para morar em Sorocaba-SP junto com meu namorado da época da faculdade (hoje pai dos meus filhos e meu marido). Fiz pós-graduação em Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura  enquanto trabalhava em São Paulo, capital, com crianças com necessidades especiais severas. Mas não estava contente; fiz cursos como de educadora perinatal e doula e larguei meu trabalho para atuar junto com gestantes. Conheci uma grande companheira Letícia Arruda e juntas fundamos o Ishtar Sorocaba, que é um grupo de apoio a humanização do parto (há quatro anos) e mergulhei nesse mundo sem volta. Quando fundamos o grupo estava grávida do meu filho mais velho e isso favoreceu muito minhas escolhas em continuar nesse caminho; ele nasceu em casa, passei a só trabalhar nessa área. Tive minha filha também em casa dois anos e meio depois e já fortalecida com a maternidade, com muitas pessoas acompanhadas, resolvi enfim empreender.

Um pouco sobre a iniciativa
O Bem Gerar começou desde que eu era criança e via os livros dos meus pais onde havia fotos de partos e bebês. Aquilo me fascinava, apesar de saber que não queria ser médica. O Bem Gerar começou com um site em 2007 para colocar informações sobre gestação, parto e desenvolvimento; meu irmão André que fez para mim e comecei a ter um tanto de contatos através disso. Quando engravidei da minha segunda filha, já tinha em mente que havia amadurecido e que tinha que abrir o espaço; fazia muitas atividades através do Ishtar e sentia que precisava de local fixo para atender, receber as pessoas, mas não queria um consultório. As mulheres que eu acompanhava sinalizavam essa lacuna na cidade: lugar que pudessem tirar dúvidas, levar seus filhos, enfim, um local que entendesse mulheres-mães. Em 2012, então, reuni nomes de mulheres que eu conhecia profissionalmente ou que havia acompanhado parto e que tinham interesse, de alguma forma, em trabalhar no projeto e o resultado está sendo de uma rede de mais de 10 mulheres trabalhando juntas para abrir o Bem Gerar. Eu sou a sócia-proprietária, mas todo o negócio é voltado para o ganho de todas: contas abertas, reuniões periódicas, planejamento de marketing e gestão, sempre flexível com a agenda de mulheres-mães. Os filhos são bem vindos no espaço também.
Como era seu trabalho antes e como é agora?
Meu trabalho mudou totalmente: de assalariada de jaleco, para depois profissional liberal e agora empresária com dois filhos. Confesso que hoje trabalho muito mais e bem mais feliz.  
Você realizou o que queria quando resolveu empreender?
Acredito que realizarei a partir de 9 de novembro, quando inaugurarmos. Mas ao mesmo tempo, já me sinto realizada com todo esse movimento de mulheres trabalhando juntas, é lindo de ver!
 
Quais as facilidades e dificuldades de empreender sendo mãe?
A maternidade me abriu a mente e as portas para trabalhar com outras mães, acho que me aproximou delas. Além disso, me motivou, pois senti o quanto é ainda fraco o mercado que atenda as necessidades não-materias das gestantes e mães. Agora as dificuldades também são bem claras: filhos são imprevisíveis e exigem bastante de nós, conciliar horários sendo mãe full time é bem difícil. No meu caso, não tenho ninguém para ajudar, meu marido e eu nos desdobramos para dar conta de casa, trabalhos, projetos  e os dois pequenos... é meio louco. Empreender sendo mãe é melhor e pior pelo mesmo motivo: horários alternativos. 
O que é empreendedorismo materno para você?
É a iniciativa materna em desenvolver algo que se sonha, que por ser algo prazeroso, de escolha, consegue ser conciliado com a maternidade.
 
Em sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Acredito pela disponibilidade e flexibilidade de tempo. Trabalhar com horário fixo, de carteira assinada também nos faz ter "carteira assinada" e horário para ser mãe. Isso é injusto. Poder alternar horários e acompanhar a vida dos filhos é perfeito. Além disso, fazendo o que se gosta é muito mais fácil e seguro para a mãe dizer tchau aos filhos quando precisa, não?
 
Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Eu acho que tem os dois lados e depende muito de como a mulher vê. O lado negativo é se a mulher não se sente segura, as opiniões alheias de "você não trabalha mesmo, você faz umas coisas" pode minar qualquer ânimo; além disso, muitas vezes o retorno financeiro exige um pouco mais de paciência e também questões como fundo de garantia, seguros e etc exigem que a mulher se organize para fazer por conta.Além disso, incorporar o mil e uma utilidades desgasta as mulheres e as vezes não satisfaz nenhum papel que ela desempenha.  Agora como positivo ficaria tempos escrevendo a respeito: oportunidade de realizar sonho, de ser criativa, de fazer o que gosta, de conciliar a vida profissional e a maternidade são uma pequena parte de uma lista de "lado" positivo.
 
É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Sim, creio que é um modo sustentável.
 
Que dica daria a quem quer se tornar uma mãe empreendedora?
Primeiro que ela tenha em mente exatamente o que quer com o seu filho e para sua carreira, assim, é mais fácil se planejar e executar e também que ela abra de tempo com seu filho apenas para algo que ela queira muito.
  

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sentir, sonhar, arriscar e transformar. Atitudes importantes para empreender!


Da Folha de São Paulo.

Ser um empreendedor inovador e de sucesso é o sonho de todos que abrem o seu próprio negócio. Mas os caminhos são tortuosos, por isso, quem quiser se arriscar precisa ter algumas atitudes para guiar seu caminho.

Segundo Valter Pieracciani, consultor e especialista em gestão de inovação em empresas, existem quatro posturas que os empresários inovadores têm em suas vidas.

"A inovação é cada vez mais importante para as empresas, mas pouca gente se dá conta que ela deve ser permanente. Ser criativo uma vez só não adianta", diz Pieracciani.

SENTIR
Todo empreendedor deve estar conectado com o mundo e saber perceber as mudanças que estão acontecendo em nossa sociedade, medindo quais serão as suas consequências. "Com essa visão você poderá saber quais serão os produtos e serviços que podem fazer sucesso no mercado", afirma o consultor.
SONHAR
A capacidade de imaginar um mundo diferente, com produtos e serviços não existem hoje, pode ser a maior arma de um empresário. "Sonhe acordado, mas visualize soluções para o futuro. Pergunte-se: o que as pessoas vão precisar nos próximos anos?"
ARRISCAR
As pessoas de sucesso precisam experimentar sem medo de não conseguir atingir seus objetivos. "O erro serve para o aprendizado e experiência. Ele deve ser visto com bons olhos, não como um ponto negativo. Arriscar faz bem ao empreendedor."
TRANSFORMAR
O papel de toda inovação é transformar o seu ambiente. Quando um produto ou serviço realmente novo aparece no mercado todos passam a seguir sua tendência. "Todos os grandes inovadores tiveram dúvidas, mas não perderam a confiança em sua visão."